Como nada em nossa vida é perfeito, na Educação não poderia ser diferente.Porém, ela vem atravessando um momento de crise. Sabemos que é de extrema importância o investimento nessa área, pois é a partir dela que podemos formar bons cidadãos. Isso não quer assegurar que com melhorias na Educação a violência, as drogas, a fome e dentre outros fatores horrendos serão extintos, mas saberíamos a existência do grande número de diminuição dessas coisas. Também quero ressaltar que cada profissional tem sua base na Educação, pois foi através dela que o impulsionou até a sua atuação. Não desmerecendo as outras profissões, pois todas são importantes, se não o próprio Cristo não teria feito o uso delas. Mas quero ainda lembrar, que em Seu ministério, Ele veio exclusivamente para ENSINAR.
Ensinar é um ato de se doar, pois requer muita disciplina, tempo e reflexão sobre cada assunto abordado. Isso se reflete, ou pelo menos deveria ser refletido na sala de aula, principalmente nas aulas de Literatura.
Observa-se que o Sistema Educacional do nosso país não estimula esse profissional a avançar em sua carreira, pois os salários oferecidos não são coerentes de acordo com o real. Dessa maneira, muitos revoltam-se e refletem isso em sala de aula. Há quem diga que ser professor é um trabalho fácil, pois há alguns que só trabalham 4 (quatro) horas por dia, mas não sabe que o mesmo tem plano de aula a ser executado, provas para correção, exercícios para elaborar, material didático para introduzir em uma aula dinâmica e muitas vezes uma família que depende de um pouco de atenção desse profissional. Analisando esses fatores, muitos desses professores obtêm mais de um vínculo para ter uma melhor sustentabilidade financeira e acaba não rendendo muito em seu trabalho.
Refletindo sobre essas questões, partimos de um ponto restrito, sobre a disciplina de LITERATURA a qual aborda outras disciplinas dentro dela e exige muito tempo para conhecê-la, embora qualquer disciplina HUMANA esteja sempre em construção.
Na graduação, surgiu a necessidade de observar por quais motivos há um alto índice de alunos que tem aversão a essa disciplina. Em algumas pesquisas pela internet, conversas informais e mesmo entrevistas presenciais e não presencias, pude destacar alguns fatores. Fatores os quais viriam a torna-se tema de monografia.
A pesquisa realizada, foi iniciada e concluída no município de Arcoverde, Sertão de Pernambuco. Os dados informativos estão descritos na monografia a seguir. Espero que essa realidade não se perpetue por outros locais do nosso Brasil!
ATENÇÃO: Cópia de monografia é crime. Portanto, pode utilizá-la apenas para pesquisa, pois a mesma está registrada pelo MEC.
AUTARQUIA DE ENSINO
SUPERIOR DE ARCOVERDE (AESA)
CENTRO DE ENSINO
SUPERIOR DE ARCOVERDE (CESA)
COORDENAÇÃO DO CURSO
DE LETRAS
DATARGUINAN
FEITOZA SILVA
LITERATURA:
ARTIGO DE SEGUNDA
NO
ENSINO DO SEGUNDO GRAU
ARCOVERDE
2010
AUTARQUIA DE ENSINO
SUPERIOR DE ARCOVERDE (AESA)
CENTRO DE ENSINO
SUPERIOR DE ARCOVERDE (CESA)
COORDENAÇÃO DO CURSO
DE LETRAS
DATARGUINAN
FEITOZA SILVA
LITERATURA:
ARTIGO DE SEGUNDA
NO
ENSINO DO SEGUNDO GRAU
(OU SUBPRODUTO NO FUNDAMENTAL II)
Monografia apresentada à Coordenação do Curso de
Letras do Centro de Ensino Superior de Arcoverde, como requisito parcial à
obtenção do grau de Licenciatura em Letras, sob a orientação do Prof. M. Litt.
Carlos Alberto de Assis Cavalcanti.
ARCOVERDE
2010
DATARGUINAN
FEITOZA SILVA
LITERATURA:
ARTIGO DE SEGUNDA
NO
ENSINO DO SEGUNDO GRAU
Monografia
apresentada à Coordenação do Curso de Letras do Centro de Ensino Superior de
Arcoverde, como requisito parcial à obtenção do grau de Licenciatura em Letras.
Data da
Aprovação; ___/___/2010.
Banca
Examinadora:
____________________________________________
Professor(a):
____________________________________________
Professor(a):
____________________________________________
Professor(a):
A Deus, o Mestre de todos
os mestres. A minha família, em especial, a Sílvio Feitoza, que colaborou muito
durante todo o período da faculdade para que houvesse a futura formação de
Letrada. Não esquecendo também, o extraordinário incentivo dos nossos
professores que recebemos durante todos os períodos.
Agradeço
primeiramente a Deus por ter alcançado minhas metas até este. Agradeço também,
a professora Genilse Martins, a qual me incentivou muito ao optar pelo curso de
Letras ao entrar nesta Universidade.
Agradeço
ainda, ao professor e mestre Carlos Alberto de Assis Cavalcanti, do CESA, pela
contribuição para que realizasse este trabalho, o qual correspondeu a todas as
minhas expectativas durante todo o decorrer do curso, com suas brilhantes aulas
literárias. Motivos pelos quais tornou-se importante a elaboração deste.
“A literatura é uma arte
muito mais que completa, ela é extremamente divina!”
Autor
Desconhecido.
RESUMO
Há
que se compreender a importância da inclusão dos estudos literários no Ensino
Médio não apenas para preparação ao ingresso num Curso Superior, mas também
como elemento de interação do cidadão-aluno com a sociedade de um modo geral. Esta
pesquisa tem por objetivo discutir alguns aspectos importantes que realçam as
dificuldades encontradas na prática docente do Ensino Médio, quanto a utilizar
a literatura como suporte de conhecimento da própria Língua Portuguesa e dos
textos literários de autoria dos escritores (prosa ou verso) de raízes
nacionais ou não.Tecendo algumas considerações sobre o ensino de literatura
antes dos PCN’s, o trabalho avança para a atualidade e se debruça na análise
das causas que geram uma certa indisposição por parte de alguns docentes que se
mantém insensíveis quanto a inclusão de estudos voltados para conteúdos
literários, preferindo ignorá-los ou, quando muito, utilizar a literatura
apenas para confirmar regras gramaticais. Esta negligência finda determinando
um desinteresse do alunado pelo estudo da literatura tendo por meta a
contextualização e a apreciação do fazer artístico e sua inserção na sociedade,
através das manifestações culturais.
Palavras-Chave:
Literatura Brasileira. PCN’s. Educação. Ensino Médio. Leitura.
ABSTRACT
We must understand the importance of including literary studies in high school not only for preparation for entrance into university, but also as an element of the citizen-student interaction with society in general. This research aims to discuss some important aspects that highlight the difficulties encountered in practice teaching of high school, how to use literature as a medium for knowledge of their own Portuguese and literary texts written by the writers (prose or verse) of national roots or not. Weaving a few remarks about the teaching of literature before the PCN’s, the work moves into the present and focuses on analyzing the causes that generate a certain unwillingness on the part of some teachers who remain hardened to the inclusion of studies into literary, preferring ignore them or, at most, only use the literature to confirm the rules of grammar. This neglect ended determining a disinterest of the students in the study of literature with a goal of contextualization and appreciation of artistic performance and their integration into society through cultural events.
Keywords: Brazilian Literature. PCN’s. Education. High School.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
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09
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1 O ENSINO LITERÁRIO
AO LONGO DA HISTÓRIA
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10
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10
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13
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2
PROPOSTAS DOS PCN’S
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14
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14
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14
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3
DA TEORIA A PRÁTICA
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16
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19
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CONSIDERAÇÕES
FINAIS
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REFERÊNCIAS
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23
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INTRODUÇÃO
Atravessa-se um grande
marco na história tecnológica. Com todo avanço que ela vem disponibilizando
para cada indivíduo, infelizmente, fica cada vez mais difícil formar um país de
grandes leitores. Embora a tecnologia seja um excelente método prático, o mau
uso dela aumenta ainda mais o índice de poucos leitores, dificultando também a
produção textual do aluno, pois a chamada linguagem virtual utilizada pelos
jovens estudantes torna-se diária na vida deles, de maneira horrenda devido aos
erros ortográficos cometidos viciosamente em um chat ou bate-papo.
Dessa forma, fica cada vez
mais difícil a inserção literária na vida intelectual desse jovem. A ausência
disso constrói uma alienação psíquica em uma relação de dependência no
indivíduo, que corrói a personalidade individual de cada ser.
Este trabalho tem por
objetivo discutir alguns dos fatores relevantes que determinam as dificuldades
encontradas na prática docente do Ensino médio, quanto a utilizar a literatura
como suporte de conhecimento da própria Língua Portuguesa e dos textos
literários de autoria dos escritores da prosa ou da poesia de raízes nacionais.
Para a realização efetiva
da discussão aqui proposta, este trabalho se apresenta assim dividido: no
primeiro capítulo, trata-se de uma amostragem analítica da utilização da
literatura como objeto de ensino, no passado e na atualidade; no segundo
capítulo, discute-se as determinações previstas nos PCN’s e sua aplicabilidade
na prática docente, incentivando o uso dos textos literários como fonte de
apoio ao ensino; no terceiro capítulo, faz-se um levantamento estatístico para
diagnosticar a existência de uma certa disparidade entre as prescrições dos
PCN’s e a sua utilização em sala de aula, por parte de alguns docentes,
confirmando a investigação que tematiza este trabalho.
1
O ENSINO LITERÁRIO AO LONGO DA HISTÓRIA
Em pleno século XXI, mesmo
com todo avanço existente que há em tecnologia e saúde, ainda se nota que a
Educação necessita de inúmeros avanços. Observa-se que o ensino literário, em
muitas escolas, ainda permanece caracterizado de acordo com o perfil existente
anterior aos PCN’s. Perfil esse que tem a literatura como meio de passatempo e
não de desenvolvimento crítico do indivíduo. A escola anterior aos PCN’s
caracteriza-se de maneira fundamental na vida do educando, porém, devido a essa
enorme valorização, nota-se que o privilégio dessa disciplina só era aplicada à
uma minoria denominada burguesia, a qual a partir desse ensino poderia manter a
tradição social de uma região. Afirma os PCN’s:
A disciplina, um dos pilares de
formação burguesa humanista, sempre gozou de status privilegiados ante as
outras, dada a tradição letrada de uma elite que comandava os destinos da
nação. A literatura era tão valorizada que chegou mesmo a ser tomada como um
sinal distintivo de cultura (logo, de classe social): ter passado por Camões,
Eça de Queiroz, Alencar, Castro Alves, Euclides da Cunha, Rui Barbosa, Coelho
Neto e outros eram demonstração de cultura. (PCN 2010, p. 51)
A
partir do conceito da palavra literatura, segundo (HOLANDA, 1990, p. 320), essa
palavra apresenta-se, em seu primeiro significado como: “arte de compor ou
escrever trabalhos artísticos em prosa ou em verso”. Pode-se afirmar de acordo
com esse conceito, um dos motivos apontados pelos quais a literatura se
denominava como disciplina da burguesia humanista, pois a arte simplesmente “pertencia” aos nobres e jamais
a classe dos pobres. Dessa maneira, o ensino tornava-se, de fato, como algo
restrito. Alguns textos literários dessa época serviam apenas para manter
status sociais de uma camada social ou mesmo divertir as pessoas, como era o
caso dos clássicos de Gil Vicente, um português que escreveu textos
magnificamente construídos em forma de teatro, para divertir a população, pois
essa era a única finalidade para alguns, denunciando de forma bem ousada o lado
crítico daquilo em que principalmente, cada auto representava. Alguns desses
escritores apresentavam seus textos apenas com o objetivo de apresentar a sua
vaidade, devido à facilidade a qual tinha para com a construção de seus textos
ou mesmo ter como finalidade de ser analisado gramaticalmente nas escolas.
Segundo os PCN’s, eles acreditam que:
É bem verdade que
muitas vezes texto literários serviam apenas como objeto de culto; culto do
estilo, do “escrever bem” e até mesmo do exagero retórico de alguns escritores,
ou então, apenas como suportes das análises sintáticas morfológicas. (PCN 2010,
p.51)
Sabe-se
da grande necessidade de uma reformulação no Ensino Médio referente à
disciplina de literatura. E para isso temos alguns métodos criados para
orientar o professor do Ensino Médio, podendo assim auxiliá-lo em seu
desempenho educacional. A escola tem priorizado o estudo das últimas séries
como uma passagem do Ensino Médio para o curso superior ou mesmo o final de uma
etapa estudantil na vida do indivíduo. Dessa maneira ficava mais difícil ainda,
tornar a literatura como objeto de estudo, pois a prioridade a outras
disciplinas era bem mais presentes, pois se preparava o indivíduo para um
trabalho mecânico. Pode-se também, ainda, citar a gama de cursos
profissionalizantes que havia no Ensino Médio, no qual fora obrigatoriamente
colocado com um objetivo de capacitar o aluno para o mercado de trabalho como
cita os Parâmetros Curriculares Nacionais: “Sinalizando bem os tempos em que
foi elaborada, obrigava o Ensino Médio a um caráter profissionalizante, com o
objetivo de formar mão-de-obra semi-especializada para o mercado que se abria”
(PCN 2010, p. 53).
Muitos desses cursos não
adotavam a disciplina literária. Cada vez mais a literatura se tornava restrita
à burguesia. Sabe-se da fundamental importância da literatura para cada pessoa. Por este motivo,
a facilidade dessa disciplina era restrita somente ao público de altas classes,
com isso, acabava, de fato, controlando a pirâmide hierárquica existente na
sociedade.
O ensino da literatura
deve ser colocado para o educando de forma clara, porém cabe ao educador
desenvolver habilidades críticas a partir de possibilidades as quais tornará o
pensamento libertário do aluno. Não construindo assim, uma educação bancária.
Deve-se visar a questionamentos que produzam o amadurecimento psíquico do
mesmo. Relata PCN a partir da LDBEN: “O aprimoramento do educando como pessoa
humana, incluindo a formação ética e o
desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico”. (PCN 2010 p.
53).
A escola dos PCN’s não
visa sobrecarregar o aluno com um excesso de informações desnecessárias.
Estilo, épocas, datas, características, tudo isso, não deve ser colocado como
objetivo principal e como única fonte de verdade. Tudo isso não passará apenas
de um ato mecânico de memorização. Contudo, não trará reflexão sobre os
assuntos para o aluno, e mais uma vez se volta ao ensino tradicional das
escolas, cujo fundamento é simplesmente baseado em decorar para solucionar um
problema, como é o caso das simples provas elaboradas nas escolas ou do próprio
exemplo do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio).
Faz-se necessário,
primeiramente, a formação de um aluno leitor, principalmente no Ensino Médio.
Para muitos Educadores isso é uma tarefa árdua, pois se sabe da dificuldade
encontrada no Brasil, referente ao assunto abordado. Além disso, se sabe das
inúmeras facilidades existentes atualmente para “combater” o analfabetismo.
Porém, essa prática não se torna tão eficaz quando isso só prioriza aprender a
ler e a escrever. Deve haver um conjunto de coisas formando o indivíduo. Isso é
apenas algo básico, o qual o indivíduo aprende, mas, necessariamente, não
significa que ele é letrado. Há uma diferença em leitor literário e letrado. Comenta
(SOARES, 2004)::
À medida que o
analfabetismo vai sendo superado que um número cada vez maior de pessoas vem
aprendendo a ler e escrever, e à medida que concomitantemente, a sociedade vai
se tornando cada vez mais centrada na escrita (cada vez mais grafocêntrica), um
novo fenômeno se evidencia: não basta apenas aprender a ler e a escrever. As
pessoas se alfabetizam, mas na necessariamente incorporam a prática da leitura
e da escrita, e não necessariamente adquirem competência para leem livros,
jornais, revistas, não sabem redigir um ofício, um requerimento, uma
declaração, não sabem preencher um formulário... (PCN’s apud SOARES, 2004, p. 45-46)
Isso possibilita ver o
alto índice de pessoas “analfabetas” existentes no País. Saber ler vai além das
junções silábicas e também da escrita decodificada. A estrutura e essência de
como ocorre a construção de um texto, torna-se prioridade na Educação atual. Daí,
a definição sobre letramento: “estado ou condição de quem não apenas sabe ler
ou escrever, mas cultiva a exercer as práticas sociais que usam a escrita” (idem,
p.47).
Pode-se citar como
experiência literária o convívio diário com a leitura. Dessa maneira será
possível sentir as sensações existentes de estranhamento da elaboração peculiar
dos textos escritos pelo uso incomum de linguagem, o qual o leitor desenvolveu
seu estímulo para construir sua própria visão de mundo. É nesse momento que a literatura cumpre seu
papel de fundamental importância. A partir de um leitor ativo, se pode ampliar
conhecimentos, a partir dos questionamentos que são feitos, se chega à arte,
que é a expressão de liberdade. Porém, vale ressaltar que nem tudo escrito pode
ser considerado como arte.
Logo em seguida, faz-se de
extrema importância que haja a introdução dessa disciplina de acordo com o
nível adequado para cada aluno. Pois assim poderá haver mais estímulo para a
leitura, tornando isso não um ato de obrigação, mas um ato de prazer. Cabe ao
Educador, incentivar o aluno a ler bons livros, ouvir excelentes músicas,
assistir a filmes, fora da sala de aula, assim como cita os PCN’s:
Conceituando dessa
forma o prazer estético proporcionado pela fruição, pode ser confundido com
divertimento, com atividade lúdica simplesmente (talvez por isso se aconselhe
seu desfrute fora da sala de aula), deixando espaço para que se compreenda o
texto literário apenas como leitura deglutível.
Porém, também se dá a
mesma responsabilidade de que haja um estudo mais específico em sala de aula.
Os textos são fontes de prazer fora da sala, mas ainda continuam como objeto de
estudo. Não se pode torná-los vãos. A leitura sempre tem um fundamento. O
prazer da estética não poderá ser confundido jamais com a palatibilidade. É
existente a produção de textos muito complexos que exigem um estudo mais aprofundado
e minucioso. Às vezes um detalhe pode fazer toda a diferença na hora de abordar
tal assunto em questão.
2 PROPOSTAS DOS PCN’S
A literatura do
Ensino Médio atual não condiz com as práticas as quais propõe os PCN’s. Esse
fator abordado se torna ainda mais difícil quando o ensino dessa disciplina
está ligado à escola pública. Professores atuantes nessa área é quase
inexistente. Em especial, em um município não muito desenvolvido e pobre de
cultura. A transição do Ensino
Fundamental para o Ensino Médio significa entender uma nova etapa, isto é, um
nível, que muitas vezes não é mencionado para o educando. Esse próximo nível
tem novos objetivos. Dessa vez o aluno sairá daquelas inúmeras regras
gramaticais para desenvolver-se em uma nova formação, a qual se caracteriza por
menos sistematização, propiciando uma visão mais aberta e pontos de vistas em
suas escolhas.
Desenvolver
atividades de leitura na escola é de fundamental importância. Porém, ao
elaborar esse tipo de trabalho o Educador deve ser muito cauteloso para não
haver frustrações em suas metas. Todo trabalho a ser desenvolvido terá de
responder a uma simples pergunta: Para quê? Isso tornará como seu objetivo
principal. O Educador deverá corresponder às suas expectativas. Ele não poderá
levar um filme para uma turma de Ensino Médio sem um objetivo. Os objetivos
deverão ser colocados à frente, para os alunos trocarem suas experiências,
exporem os seus pontos de vista e aprofundar-se em cada assunto discutido para
sua própria reflexão.
As aulas literárias
não devem ser ministradas em sala de aula de forma tradicionalista. É
interessante que o aluno seja e esteja envolvido com o mundo da leitura, para
então, iniciar um debate provocativo. A partir disso, pode-se iniciar um
trabalho criando uma pequena compatibilidade entre a história e o aluno como o
ser do mundo real. Além disso, tratando-se de livros, em especial o livro
didático, é importante frisar que o Educador não deve limitar-se simplesmente
aos livros didáticos adotados pela escola. Conforme os PCN’s, ele indica:
Se a escola adota um livro didático, os
critérios devem considerar o modo de organização do livro, o que não significa
que ele deva ficar limitado a ele. (PCN 2010, p.73).
Nesse caso, o
Educador deve, primeiramente, obter um contato bem aprofundado diante de uma
gama de livros para assim orientar de forma adequada aos seus alunos.
O ensino literário
deve ser mesclado. Conforme orientação dos Parâmetros Curriculares Nacionais
não se deve priorizar somente o ensino de Literatura Brasileira, tal qual vem
acontecendo no município de Arcoverde-PE, em algumas escolas públicas. Ele
ainda afirma que:
Nada impede, e é desejável, que obras de
outras nacionalidades, se isso responder ao currículo de sua escola, sejam
também selecionadas. Também é desejável adotar uma perspectiva multicultural,
em que a Literatura obtenha uma parceria de outras áreas, sobretudo artes
plásticas e cinema, não de um modo simplista, diluindo as fronteiras entre elas
e substituindo uma coisa por outra, mas mantendo as especificidades e o modo de
ser de cada uma delas... (PCN 2010,
p.74)
Contudo, vale
ressaltar a inserção de uma arte dentro de outra. Como é o caso da pintura,
arquitetura e até mesmo o cinema, todos eles estão aliados ao mundo literário.
Para que os mesmos existissem algo escrito despertou a atenção para produzi-los
daquela maneira. Além disso, muitos Educadores se restringem unicamente a
literatura patriotista, esquecendo-se das influências pelas quais ela
passou. Pode-se citar, como exemplo,
dentre elas, a literatura portuguesa. Para alguns, ela se destaca devido ao
fator exercido de colonização sobre o Brasil. Isso remete às nossas origens e
princípios presentes em cada indivíduo. Afinal, cada um tem o seu modo
particular de ler e interpretar um livro, uma imagem ou mesmo a própria vida.
3 DA TEORIA A PRÁTICA
A literatura é uma disciplina que se
encontra muito escassa nas aulas de Ensino Médio. Os profissionais designados
para atuar nessa área, principalmente na rede de escolas públicas, priorizam a
cada dia que passa, uma Educação Bancária a qual não exige absolutamente
nenhuma reflexão sobre o presente o passado e o futuro. Quando se aborda esse
tema, alguns profissionais da área atuante utilizam-se sempre como algo
mecânico, que na maioria das vezes leva às seguintes perguntas: Quem?, Quando?,
Como?, Onde?, E Quem se destacou? Percebe-se que esse tema trata de uma disciplina
meramente cuidadosa, pois ela constrói um cidadão reflexivo e não um ser
transmissor de palavras prontas que não tem estímulo para questionar sobre:
como seria?, como poderia ser tal fato?, dentre outros, pois esse é o papel da
literatura: QUESTIONAMENTOS! Sabe-se que a gramática está presente diariamente
em nossas vidas, afinal, a escrita foi a primeira coisa criada pelos fenícios e
não textos prontos (Nelson Piletti e Claudino Piletti, p.73).
Com isso, pode-se afirmar que a
organização gramatical veio logo em seguida. Precisa-se
da gramática para escrever melhor, não cometer erros gráficos, ambíguos, pois é
necessário que haja a coesão. E até mesmo para se expressar oralmente bem, em
discursos propostos. Mas isso não quer dizer que ela seja colocada como
imposição nas instituições de ensino. Observa-se isso devido às extensas regras
gramaticais contidas nas provas de português, as quais não devem ser parecidas
com as provas literárias, que são elaboradas com as respostas já esperadas.
Atualmente, algumas escolas estão
sendo reformuladas em relação a esse tema. No município de Arcoverde- PE,
observa-se os casos de professores que priorizam a literatura segundo a
proposta dos PCN’s para o Ensino Médio. Embora esse tema seja muito discutido
entre os profissionais da Educação, nota-se que o ensino dessa disciplina
torna-se insuficiente para preparação de uma vida universitária. Além disso, o
que deveria ser refletido e analisado apresenta-se apenas em um fator:
“decorar”. A literatura não tem como objetivo decorar textos ou escolas
literárias para simplesmente fazer um teste seletivo em uma boa Universidade.
Sabe-se que obter essas informações é de extrema importância, porém, não é tão
essencial, pois se não houver reflexão sobre as questões discutidas pela
disciplina, não haverá compreensão. O Educador deverá propor situações ao
aluno, no qual ele possa solucionar individualmente. Afirma Wagner Torlez que:
“O aluno não deve receber informações prontas, os conceitos já definidos, mas
sim, construído-os a partir do texto literário” (webArtigos.com).
Contudo, no município de
Arcoverde se pode detectar a presença de um pequeno grupo atuante de acordo com
a grade curricular. Realizou-se uma pesquisa que aponta dados preocupantes da
quase inexistência literária em sala de aula. Poucos educadores adotam a
disciplina em sala de aula como método de formação do indivíduo. Outros acham
que é apenas um ato de aprendizagem simplesmente acadêmica, isto é, como objeto
de estudo apenas para vestibulares. A literatura não tem sua importância
fundamentada apenas porque cai no vestibular, mas ”cai no vestibular porque é
importante”, afirma (ANTUNES, 2003).
Alguns não veem com grande importância a inserção dessa cadeira no
âmbito escolar. Acham que por motivo da extensa consolidação gramatical ter
resistido durante anos a fio, isso faz dela a única prioridade no ensino da
língua portuguesa, a qual se concretiza em um conjunto lingüístico e histórico.
Ao analisar o gráfico abaixo, vê-se dados da pesquisa feita em relação ao ensino
literário, avaliado nas três séries do Ensino Médio, e a forma metodológica de
ensino.
Pode-se observar que boa
parte das escolas públicas não preconiza esse ensino, fortalecendo ainda mais a
gramática. Infelizmente, a gramática proposta para esse fortalecimento, ainda
não é a mesma gramática aplicada aos textos, conforme é orientado pelos
Parâmetros Curriculares Nacionais. Como já foi discutido, alguns profissionais
da área ensinam essa disciplina com metodologias e perguntas bem arcaicas, como
é o caso das perguntas que apenas obtêm respostas prontas: Como? Quais as obras?
Dentre outras.
Para algumas pessoas, a
literatura não passa de um prazer apenas estético, objeto de estudo ou mesmo um
passatempo exclusivo para leitores. Ela vai muito mais além dessas teorias.
Segundo ressalta (CARNEIRO), a literatura realiza sua função quando atinge um
mínimo de complexidade estética por meio da linguagem artisticamente
trabalhada.
Com base nessa análise
sobre estética, se pode concluir que um dos fatores que torna mais difícil a
introdução do ensino literário no Ensino Médio, se dá pela extensão
principalmente nos poemas de Luís Vaz de Camões, que os alunos não conseguem
entender porque são incapazes de inverter a ordem das frases. Para alguns
alunos, isso é uma atividade muito exaustiva. E, além disso, Camões apropria-se
de linguagem bem diferente em relação ao modo de linguagens que os jovens estão
acostumados a usar atualmente. Tem-se um dialeto muito vasto. O frequente uso
das gírias diferencia, totalmente, a linguagem atual do jovem estudante em
relação aos poemas escritos em séculos passados.
3.3 A escola como base de formação de
leitores
Esse problema vem
interligar outro fator dentro da escola, chamado biblioteca. Durante a
pesquisa, analisou-se também as bibliotecas. Nelas foram constatadas a presença
de bons livros, porém, em algumas delas, há ainda uma carência de livros
literários. Isso não quer dizer que não há livros para leitura disponíveis para
o aluno. Pode-se, então, ressaltar a acessibilidade de leitura existente para
os indivíduos dentro da escola. Tal fato propiciado no meio educacional não é
colocado em prática fora da escola. “Os jornais, as revistas, a TV e o rádio,
todos afirmam que os brasileiros não sabem ler, não gostam de livros, não
compram livros, detestam literatura...” comenta (CARNEIRO).
A leitura se inicia no âmbito familiar.
Normalmente os pais já não gostam de ler e passam isso de maneira bem explícita
para seus filhos. Quando a criança começa a sua vida estudantil, o educador o
treinará para que ele possa ler continuamente, embora os pais ou mesmo o
próprio educador não utilize dessa prática. Com o passar do tempo, ao chegar ao
ensino fundamental II, ele terá contato com textos enormes que o farão odiar
ler. Essa conseqüência será bastante refletida no Ensino Médio. Com isso,
consolida-se a teoria de que a junção silábica decodificada não é sinônima de
saber ler.
Saber ler está muito mais,
além disso. É necessário encontrar o sentido que há entre as linhas de um texto
que fora proposto para o aluno, para assim haver uma prévia literária
reflexiva.
Infelizmente, devido à má
formação de leitores no Brasil, as escolas possuem profissionais não aptos a
leitura. Isso já vem arraigado a um passado estudantil que se perpetuou durante
a vida escolar daquele profissional. Embora este país tenha iniciado suas
origens em uma literatura catequista, sabe-se que a mesma era imposta por
colonizadores portugueses, dos quais atualmente há raízes bem.
A Educação em nosso país,
de modo geral, ainda continua desvalorizada. Isso implica salientar a falta de
professores que atuam em tal cadeira sem nenhum tipo de embasamento teórico e
metodológico para desenvolver psiquicamente o intelecto do educando. Em relação
ao educador, há questão salarial dos baixos salários no país, quando se trata
de Ensino Público Educacional. Além disso, muitos desses Educadores dispõem de
pouco tempo para elaborar suas aulas, pois os três turnos estão totalmente
preenchidos com uma carga horária de trabalho muito alta. Isso acontece por uma
questão financeira que condiz a cada profissional em particular.
É bem notável a presença
de alunos que não gostam dessa disciplina. Isso significa dizer que essa é mais
uma visão desafiadora para um professor de literatura. Alguns alunos odeiam
essa matéria pelo simples fato de ter uma multipluralidade cultural entre as
outras disciplinas. Sabe-se que durante todo ensino fundamental I e II, a
gramática se perpetua de maneira avassaladora sobre cada assunto. Inclusive, na
interpretação textual, alguns professores ainda anseiam que os alunos retirem
do texto algo relacionado à regras.
Com o impacto de transição
do ensino fundamental para o ensino médio, alguns alunos até acreditam que já
não mais existe o ensino de Língua Portuguesa, pois tudo agora é bem
contextualizado, com linguagens ricas e fatos históricos. Muitos deles, já
começam a odiar, pois já estão muito habituados a regras que ao tornarem-se
livres delas, acabam se perdendo neles mesmos.
Alguns professores, não
estão muito preocupados com a “vã filosofia do pensar”. Eles concordam que a
escola tem o papel de preparar o aluno, mas para as provas acadêmicas e
concursos seletivos. Marca bem capitalista. Característica a qual jamais
deveria se associar à Educação. Segundo pesquisas realizadas na Internet, o
autor do texto, Wagner Torlez afirma:
A literatura,
enquanto disciplina curricular no Ensino Médio, preocupa-se em preparar o aluno
para os processos seletivos, ou seja, torná-lo capaz de ingressar nas melhores
universidades, no entanto, não o prepara para a futura vida acadêmica
(www.webArtigos.com).
Portanto, pode-se concluir
com essa afirmação, que a literatura é apenas um simples e mero objeto de
estudo. Estudo o qual apenas enriquece cientificamente e não psicologicamente,
ainda afirmando que na prática universitária só é valorizada no momento em que
o aluno responde a uma prova de vestibular e não durante o curso superior. Mesmo
caracterizada por ser uma ciência, porém obtém um valor humano que é de extrema
necessidade que se perceba o contrário, pois a Literatura é a nossa própria
vida escrita pelos nossos antepassados, cheia de culturas, crenças e costumes
pelos quais nos acompanharão até o término da vida humana.
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